Astrologia e Jung II – A Alquimia
Astrologia e Jung II – A Alquimia
Existe algo que com certeza posso afirmar. Não foi o meio acadêmico quem redimiu assim como trouxe à superfície o incontestável valor de CGJung.
Incontestavelmente foi o meio esotérico ou alternativo que desempenhou esse importante papel.
Em primeiro lugar, esse ambiente que vinha sendo relegado ao uso privilegiado das importantes figuras para prever assim como prevenir seus prováveis sucessos ou insucessos, sofre uma transformação na segunda metade do século passado.
Mesmo a Astrologia que era voltada para esse fim, encontra outros caminhos mais úteis
Iniciamos a era da busca pelo autoconhecimento. Assim sendo, Jung é ¨redescoberto¨.
Em segundo lugar, Jung em sua dedicação aos estudos alquímicos, nos apresenta outros caminhos da Astrologia. Esses, desconhecidos de um modo geral.
Sobretudo, desde o século XVIII muito conhecimento se perdeu.
Esse foi o período, em que a alquimia foi separada da química, e também, a Astrologia da Astronomia.
Contudo, ao entender a Alquimia como o elo perdido entre a gnose e a moderna psicologia, resgata muito do papel da Astrologia
Astrologia e Jung II – A Alquimia
O estudo e a prática da alquimia não são características da civilização ocidental.
Já no mundo árabe dos primeiros séculos da Era Cristã, assim como na China Antiga, a alquimia era conhecida e desenvolvida.
Contudo, no que concerne ao mundo ocidental, seu desenvolvimento deu-se principalmente nos primeiros séculos d.c..
Ela se desenvolveu principalmente na Itália e Alemanha.
Em Memórias, Sonhos e Reflexões, Jung escreve:
¨Cedo percebi que a psicologia analítica coincidia de modo bastante similar com a alquimia.
As experiências dos alquimistas eram, num certo sentido, as minhas próprias experiências, assim como seu mundo era meu mundo.
Foi, com efeito, uma descoberta marcante: eu encontrara a contraparte histórica da minha psicologia do inconsciente.
A possibilidade de comparação com a alquimia, bem como a cadeia intelectual ininterrupta que remontava ao gnosticismo, davam-lhe substância.
Quando me debrucei sobre aqueles antigos textos, tudo encontrou o seu lugar: as imagens-fantasia, o material empírico que recolhera em minha prática e as conclusões que dele retirara.
Eu começara a entender o significado desses conteúdos psíquicos à partir de uma perspectiva histórica.”
Para o alquimista, o interior e o exterior se refletem um no outro e fazem parte integrante do todo.
O que está em cima é igual ao que está embaixo e vice-versa, e, assim, a Unidade é obtida.
Esse é um ponto de vista plenamente aceito pelos astrólogos, porque está baseado na lei das correspondências.
Ele derruba a visão hermética do que seria a realidade; e nos planetas que estão no céu encontra a correspondência com os metais que estão na Terra.
Bom, amigos, continuaremos com o tema brevemente.
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