As casas 6 e 12: em tempos de Covid
As casas 6 e 12: em tempos de Covid
A casa 12, astrológica, é um local de isolamento. Portanto, tradicionalmente relacionada aos espaços de privação da liberdade.
Na Astrologia contemporânea, a casa 12 fala dos momentos e locais de retiro e da procura terapêutica pelo reconhecimento dos “inimigos ocultos”.
A saúde e/ou a doença estão relacionados com eixo das casas 6 e 12. A casa 6, é relacionada com a doença pela tradição astrológica, e com a saúde pela astrologia moderna.
A casa 6 se relaciona tanto com a saúde quanto com a doença.
Para isso as necessidades da casa 6 são rotineiras. Envolvem a higienização dos espaços físicos que ocupamos e também do nosso corpo.
As necessidades da casa 6 dizem respeito aos cuidados de si. A qualidade do que consumimos, e a depender de nossas escolhas ou condicionamentos, nossa saúde será saudável ou doente.
Quando acontece uma pandemia, como a que estamos vivendo, a casa 12 é acionada, pois, apenas o cuidado pessoal (casa 6), não dá conta de conter o avanço do vírus Covid-19, aí a necessidade da quarentena e do distanciamento social (casa 12).
Não preciso nem dizer que esta pandemia é resultado do capitalismo, e da atuação patriarcal que entende a economia como diretriz existencial, logo, quem tem menos poder monetário (pobre) são os que mais morrem.
Também é evidente nesse contexto pandêmico, a realidade e atuação estrutural do racismo institucional do Estado Brasileiro.
A morte tanto tem cor quanto classe social.
A casa 12 é morada de Saturno, e a casa 6 é morada de Marte.
Essas são casas cadentes, com menos força ao se comparar às casas angulares (1, 4, 7 e 10) que são as mais fortes e em seguida às casas que sucedem às angulares, que tem o óbvio nome de casas sucedentes (2, 5, 8 e 11) são as de força mediana, a as casas cadentes (3, 6, 9 e 12) que estão declinando e perdendo força.
Na conjuntura pandêmica, os maléficos (Marte e Saturno) são os condutores da guerra viral, são representantes da morte.
A casa 6 e a casa 12, também falam dos menos favorecidos, dos pobres, dos miseráveis, do proletariado, dos escravizados (casa 6), dos loucos, dos dependentes químicos, dos excluídos do sistema, dos encarcerados (casa 12).
Os hospitais e os profissionais da saúde também pertencem ao eixo 6-12.
O servir ao outro mesmo com risco de contágio, é visto por essas casas como sacrifício.
As casas 6 e 12, não se relacionam com o Ascendente e casa 1.
Então quando estamos a serviço dos outros (casa 6), por necessidade humanitária (casa 12), que transcende nossas disposições pessoais (casa 1), como a que estamos vivendo agora, nos mostra que a nossa individualidade (Ascendente) é limitada.
Manter privilégios individuais (ASC/ casa 1) quando o limite pessoal é o contágio e contaminação, trás a marca irredutível das mortes (Marte/Saturno), do peso das almas (casa 12) e do trabalho dobrado de quem está na linha de frente (casa 6).
São servidoras domésticas, caixas de supermercado, garis, médicas, enfermeiras, cientistas.
Vivendo a rotina que ninguém quer, e que muitos negam (negacionistas da ciência, terraplanistas, defensores de cloroquina) apegados que estão aos seus umbigos (casa 1) ou privilégios.
As mortes que vão se transformando em estatísticas, eram vidas que importavam, eram amores de amores, eram alegrias, eram sonhos, eram os nossos rostos e nossos corpos, eram um, eram mais de mil, mais de dez mil de nós.
Eu editei esse artigo no dia 05 de junho, já são mais de 34 mil mortes por Covid-19. Isso faz do governo atual um governo genocida.
O racismo tem que ser extinto.
Miguel, presente!
João Pedro, presente!
Marielle, presente!
A casa 12 é análoga a Peixes e fala da dissolução da unidade pelo todo.
