O Amor para o sufismo

O Amor para o sufismo>> O amor é a base da criação do universo inteiro, de todos os seres e criaturas, pois tudo tem como base e fundamento o amor.

O amor é a espinha dorsal de todos os mundos, visíveis ou invisíveis, conhecidos ou não, porque o amor é o segredo da criação.

Amor significa: amar, e amar-se em reciprocidade, qual seja, a inclinação da alma em direção a algo material ou espiritual no qual encontra prazer e deleite.

O Amor -Suas várias manifestações se reduzem a três tipos principais

1. A pessoa se envolve tanto tanto com o que, quanto com quem ama, e acaba por sentir tal intensidade no afeto, que chega a ser tão necessário para ela, como tal qual o ar, a água, ou o alimento.

E aí, o que se enamora não pode viver sem ver o objeto de seu amor, estar com ele e aspirar seu perfume.

Na realidade, nesse tipo de amor, portanto, é por nós mesmos que sentimos afeto, é a nós mesmos a quem amamos.

Partindo-se desse ponto de vista, este amor é essencialmente o amor à seus próprios atributos e características.

2. Uma pessoa procura o ser que supostamente ama só quando necessita algo dele. E enquanto não está necessitando dele, deixa ao acaso a realização dos encontros.

Esse tipo de afeto só pode ser comparado na forma como se busca à satisfação para que uma necessidade seja descarregada.

Assim, quando sente-se plena, a pessoa segue em frente até que uma nova urgência se apresente.

3. Em relação ao terceiro e último tipo de afeto, ele consiste em evitar o amante como a quem sofre de uma enfermidade infecciosa.

Quando o amante tenta aproximar-se do sujeito do seu amor, o amado foge dele como um mal contagioso, assim como, procura afastar-se dele o mais rápido possível.

Estes três tipos de afetos são baseados em benefícios mundanos; e deles se alimentam, tais como: beleza, posto e situação social, juventude, saúde , vida e riqueza.

Embora pareça que se ama, realmente o que se ama, são os benefícios que se obtêm……

Eu pergunto… Poderemos amar a essa pessoa, sem a qual não podemos viver, com o mesmo amor quando ela tiver envelhecido, ou então, se sua beleza tenha siso transformada em feiura ?

A juventude, a beleza, a própria vida, são coisas que não são conservadas para sempre.

Poderemos sentir o mesmo amor quando a pessoa a quem amamos adoece ?

Quando nosso ser amado morre, poderemos seguir amando-o como em vida? Só existe uma resposta a essa pergunta: NÃO.

o amor e o afeto materiais baseiam-se unicamente em vantagens particulares

Em outras palavras: o amor e o afeto materiais baseiam-se unicamente em vantagens particulares. Quando essas vantagens desaparecem, o amor e o afeto desaparecem.

E então?… Bem, o essencial é descobrir o afeto e o amor verdadeiros…

É o amor que nunca acaba por nenhuma causa ou razão, e que se sustenta a si mesmo, decerto, sem preocupações com recompensa ou benefício.

Quem ama por amor a Deus continua amando mesmo que a beleza se transforme em feiura, e a vida em morte, porque este amor é amor por amor a Deus.

Esse tipo de amor é um presente de Deus. Ele ama a seus servos e provoca neles o amor; Ele faz com que eles sintam o amor…

Resumo de um texto extraído do livro: Revelação do amor. Sufismo e Lembrança de Deus. Escrito por: Sheikh Muzafer Ozak al-Jerrahi.

Imagem destacada: whirling-837482 pixabay.com




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Claudia Araujo

Aquário com Gêmeos, sou muitas e uma só. Por amar criar com as mãos, sou designer de biojóias e mantenho o site terrabrasillis.com, assim como pinto aquarelas e outras ¨manualidades¨. Por não me entender sem a busca do mundo interno do outro, sou astróloga com 4 anos e meio de formação em psicologia analítica sob a supervisão de José Raimundo Gomes no CBPJ – ISER e já mantive por anos o site Meio do Céu. Nessa nova etapa mantenho o site grupomeiodoceu.com. Dou consultas astrológicas e promovo grupos de estudo de Jung e Astrologia, presenciais e online. São várias vidas vividas numa única existência, mas minha verdadeira história começa aos 36 anos, e o que vivi antes ou minha formação acadêmica anterior, já nem lembro, foi de outra Claudia que se encerrou em 1988. Só sei que uso cotidianamente aquilo em que me tornei, e busco sempre não passar de raspão pelo mapa astrológico do outro. Mergulhar é preciso, e ajudar o outro a se transformar, algo imprescindível. Só o verdadeiro autoconhecimento pode gerar transformação. Não existe mágica, e essa autotransformação não ocorre via profissional, mas apenas através do real interesse do cliente em buscar reconhecer como se manifesta em sua vida cotidiana e qual seu potencial para a transformação. Todos somos mais do que aquilo que vivenciamos. A busca deve passar sempre pelo reconhecimento daquele eu desconhecido que em nós mesmos habita. A Astrologia é um facilitador nessa busca porque nela estão contidos tanto nossos aspectos luz quanto sombra. Ela resolve nossos problemas? A resposta é não. Ela apenas orienta no sentido do reconhecimento de nossa totalidade. A busca é do cliente. A leitura é do astrólogo, mas só o cliente poderá encontrar o caminho de sua totalidade e crescimento responsável. websites : www.terrabrasillis.com e www.grupomeiodoceu.com Fale com Claudia direto no Whatsapp

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