Fontes Históricas das Runas III

Fontes Históricas das Runas III

O Younger Futhark, ou o Futhark Novo

Desenvolvido na Escandinávia em nórdico antigo no início do séc. VII. Se destacou como uma forma reduzida do Antigo Futhark, sendo composto por 16 runas.

Entretanto, foi difundido para outras localidades dividindo-se em duas formas diferentes, derivando em runas de traços longos e runas de traços curtos.

A necessidade de atualizar os antigos ensinamentos à emissão de novos sons vocábulos, fez contudo, com que algumas runas fossem retiradas.

Novas runas foram acrescentadas, outras porém, somente alteradas em suas grafias.

Em outras, a pronúncia de seus nomes foi adaptada.

Fontes Históricas das Runas III e a era viking

Por terem sido propagadas na Era Viking, foram com eles associadas.

Os Poemas, assim como o Poema Rúnico Islandês e o Poema Rúnico Norueguês são compostos por 16 versos ou estrofes, seguidos pelo nome de cada runa.

Estes poemas surgiram de base para a utilização das runas em assuntos comerciais e cotidianos devido as variações fonéticas e o desenvolvimento de novos vocábulos.

Portanto, foi necessário uma mudança em sua forma escrita, as runas passaram a ser desenhadas com pontos e escritas entre duas linhas acrescidas de sinais de pontuação.

Fontes Históricas das Runas III – séculos V e X

Entre os séculos V e X, simultaneamente à evolução rúnica na Escandinávia, na antiga Frísia, atual Holanda, em meados do século VII, desenvolveu-se um novo dialeto alterando a pronúncia da letra ‘a’.

Isso gerou sons diferentes e consequentemente duas novas runas foram manifestadas, Os e AEsc.

A runa Ansur analogamente, sofreu uma alteração em sua localização numérica, e em seu lugar, entrou, Os.

Desta forma o alfabeto rúnico passou a ser chamado de Futhork, que igualmente serviu de base para novos desmembramentos como o Futhork Anglo-Frísio ou ainda o Anglo-Saxônico, composto por 29 runas.

Muitas inscrições foram encontradas. Tanto estelas funerárias, quanto joias e moedas na Inglaterra Anglo-Saxônica, com inscrições rúnicas.

Em especial, é reconhecida uma espada ou faca de combate, encontrada no Tâmisa em Londres.

Foi encontrada no século XX mas foi datada de 700 D.C..

“Thames Scramasax”, como é chamada foi fundida numa liga de metais como prata, cobre e bronze, se bem que, trazia em alto-relevo, o Futhork com 26 runas.

Como pudemos observar, o Antigo alfabeto inicial foi passando por várias modificações durante o longo período de sua existência

O Futhork portanto, evoluiu de 26 runas, para 29 runas, o Futhork Anglo-Saxão e com 33 runas, o Futhork da Northumbria.

Decerto, o poema manuscrito que serviu de base para este acréscimo de mais cinco runas para um e nove para outro, formando um quarto Aett, é o “The Old English Rune Poem”.

Esse é um “Poema Rúnico em Inglês Arcaico”.

Fontes Históricas das Runas III – As Runas em território britânico

O Futhork Anglo-Saxão foi difundido por todo o território Britânico.

Contudo, o novo alfabeto ainda tem como base o alfabeto antigo, porém contém runas complementares.

Foi utilizado pelos monges com o propósito de usarem as runas como estudo. Ademais, com intuito de adequar as traduções e compilação de manuscritos muito antigos.

A versão inglesa foi a que mais se destacou entre a norueguesa e a islandesa.

No entanto, com a posterior perseguição, apenas uma fração sobreviveu gerando traduções enigmáticas, obscuras propiciando interpretações distintas.

A origem comum dos poemas é confirmada.

A essência permanece. Por serem arquétipos relacionados aos deuses antigos elas preservam um conhecimento ancestral mágico e curativo.

Fontes Históricas das Runas III – As Runas Medievais e o Alfabeto Gótico

As runas medievais surgiram no período próximo a 1450.

Assim sendo, elas evoluíram do Futhark Novo, e eram designadas como Fupork ou como Stungnar Rúnir, (runas com pontos e traços).

O que difere nesta nova forma, é que cada runa recebe apenas um fonema.

Um outro aspecto influente foi o cristianismo, pois foi introduzindo o latim nos países nórdicos e assim muitos textos transcritos do nórdico antigo com runas medievais.

Os fonemas rúnicos foram adaptados à sequência do alfabeto romano.

Um outro alfabeto surgiu inspirado pelas runas, decerto, contudo, rejeitando sua origem pagã.

Com efeito, foi justamente um missionário cristão que ao traduzir a Bíblia do grego, descartou o alfabeto rúnico desenvolvendo um novo.

Fontes Históricas das Runas III – Nascia assim o alfabeto gótico.

Seu primeiro registro é datado do século IX no Códex Vindobonesis.

Mesmo sendo alfabetos distintos, é inegável a influência rúnica. Não apenas os nomes de suas letras se assemelham ao Futhark Antigo, como corroboram para o seu aprimoramento.

Este alfabeto foi muito empregado em manuscritos religiosos e mundanos, por exemplo, em simples cartas. Isso até o século XVIII.

Ainda no século XVI as runas medievais se desenvolveram em novos alfabetos que receberam influência do Futhork Novo, dando origem aos alfabetos renascentistas, como os góticos, como citamos acima, assim como, também, as carolíngias.

As Carolíngias serviram de base para uma nova forma de escrita, uma nova forma de expressar seu valor derivando totalmente das runas.

Contudo, muitos antigos textos manuscritos foram resgatados e copiados e, assim os Poemas , as Sagas e as lendas mantiveram o conhecimento rúnico ancestral até aos nossos dias atuais.

Fontes Históricas das Runas III – O Edda

Pelo Edda Poética, uma das principais fontes literárias, o Códex Régios, o Livro dos Reis.

Tratava-se de um manuscrito Islandês do século XIII, composto originalmente por 53 páginas.

Contudo, foram perdidas oito páginas. Era feito todo feito em couro de vitelo.

Sobretudo, ele relata as histórias e poemas sobre os deuses antigos, as sagas e lendas nórdicos, germânicos e escandinavos. Entretanto, o mas o mais importante, documenta a fé daquele povo descrevendo seus atos heróicos.

As runas se destacam nos Eddas, especialmente, nas palavras de Odinn, no poema “Hávamál”, em que descreve como se dependurou na Yggdrasil para receber as runas.

” Suspenso na Árvore assolada pelo vento, Durante nove dias e nove noites, fiquei
Trespassado por uma lança, uma oferenda para Odin!
Eu mesmo me sacrificando e me oferecendo a mim,
Amarrado e suspenso estive naquela Árvore,
cujas raízes tem uma origem desconhecida aos homens.

Ninguém me deu pão para comer,
Ninguém me deu algo para beber.

Ao espreitar as profundezas abaixo de mim,
Agarrei avidamente as runas,
E apossei-me delas, dando um grito feroz.

Depois caí da Árvore, perdendo os sentidos.

Bem-estar alcancei com as runas, sabedoria também.

Amadureci e alegrei-me com o meu crescimento.

Cada palavra conduziu-me a novas palavras.

Cada ato proporcionou-me novos atos e escolhas.”

…. estrofes do Hávamál….
Assim aprendemos, assim ensinamos!
Hail Odinn!




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Priscila Prisca

As runas vieram pra mim logo no início dos anos 2000. Em 2001, comecei a estuda-las. Havia mais de 20 anos que lia o I CHing. Inicialmente pensei que estava estudando pra mim, mas descobri rapidamente que não, pois minha vida se transformou. Fui morar em São Thomé das Letras no inicio de 2003 e lá as runas assumiram o papel principal na minha vida Desde então, trabalho com elas, atendendo com modos diferentes de acessar as informações, não apenas presencialmente em São Tomé e São Paulo, mas também online devido à minha sensitividade e práticas. Estudo também Astrologia e Numerologia, e sempre buscando pela excelência, buscando a evolução. pelo amor, pelo conhecimento e pela pratica desse conhecimento. Aprender é bom, mas praticar é melhor ainda. contato whatsapp 011 987 391 854

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