Carma, Nodos Lunares e Astrologia
Carma, Nodos Lunares e Astrologia
Decerto, não existe uma leitura cármica de um mapa astrológico que não passe pela avaliação dos Nodos Lunares.
Entretanto, eles vão muito além dos temas cármicos.
Por hora vamos nos deter na análise cármica baseada nos Nodos Lunares. Contudo, as duas casas opostas onde podem ser encontrados os Nodos Lunares, ocupam uma grande importância, quer na análise cármica, quer numa análise geral de um mapa.
Fato é que esses dois pontos exprimem uma certa fatalidade. Tanto as casas como signos por eles ocupadas não nos permitem por completo a atuação do livre arbítrio.
Os ocidentais atribuem geralmente um papel benéfico ao Nodo Norte, comparam-no mais ou menos a Júpiter, e uma influência contrária ao Nodo Sul. Mais ou menos como vêem Saturno.
Já os hindus divergem em relação à essa análise
Entretanto, para ambos, ocidentais e orientais, os Nodos apontam para a razão essencial da presente encarnação.
Pela Astrologia cármica, somos todos prisioneiros de nossas vidas precedentes.
E na Astrologia ocidental, o Nodo Norte indica a solução, enquanto que o Nodo Sul é como nós somos, a caminhada equivocada e baseada numa tendência aos excessos.
O Nodo Norte funcionaria como guia, a direção correta que deverá ser escolhida.
No plano técnico, eles representam os dois pontos de interseção da eclíptica do Sol com a eclíptica da Lua.
Assim sendo, esses pontos fictícios executam uma rotação lenta que dura por volta de 18 anos, 7 meses e 15 dias.
Os Nodos transitam durante esse período, não apenas cada casa, mas também, cada signo astrológico do mapa.
Por volta de 18 anos e meio depois do início, eles retornam ao ponto em que se encontravam. A esse retorno, costuma-se denominar de primeiro retorno cármico.
Na Astrologia cármica, os Nodos indicam a direção por onde deve se orientar a análise do mapa astrológico.
O Nodo Sul refere-se aos excessos de vidas anteriores e que necessitam de correção na atual existência. Enquanto que o Nodo Norte, as correções às quais nos propusemos para efetuar na atual encarnação.
Nosso ego estaria sempre apegado ao signo e casa aonde se encontra o Nodo Sul, e é aí que se torna necessário proceder à uma transmutação.
Isso será sempre um desafio, porquanto chegamos à essa vida com as mesmas características de nossas vidas precedentes.
Os vinte primeiros anos de nossa vida atual servirão então para reconstruir aquele que fomos, com seus predicados e também defeitos, só que isso num novo contexto.
Desses períodos ou vidas anteriores, só fomos capazes de reter aqueles comportamentos repetitivos que se tornaram automáticos e estão representados pelo Nodo Sul. Quase como cacoetes.
Isso é bastante compreensível, porque para que um problema possa ser solucionado, ele precisa ser colocado em evidência uma outra vez.
Se não localizamos o problema assim como os estorvos que causam em nossas vidas, eles não serão corrigidos. Contudo, foi isso o que propusemos para a atual existência. De tal forma que se fugirmos disso, decerto não haveria razão para estarmos encarnados.
Ainda voltaremos com maiores detalhes sobre o tema através de outros artigos.
Até lá.
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