SUCESSO, DINHEIRO E SUICÍDIO

SUCESSO, DINHEIRO E SUICÍDIO

O SOFRIMENTO que leva ao SUICÍDIO independe de sucesso e DINHEIRO.

Morar quer no Leblon quer na Rocinha é INDIFERENTE para a DEPRESSÃO e para outros TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS em suas versões letais.

Pessoas se suicidam com ou sem dinheiro no bolso.

Uma dos DESAFIOS que mais chamam a ATENÇÃO dos estudiosos é o PARADOXO de que as MAIORES taxas de SUICÍDIO são registradas nos PAÍSES CONSIDERADOS “MAIS FELIZES”.

E VOCÊS sabem o que o MUNDO CHAMA de FELICIDADE?

É quase inacreditável o que realmente achamos ser felicidade.

O mundo chama de “felicidade” “um conjunto de ASPECTOS de NATUREZA MATERIAL Conjunto esse que compreende tanto ter DINHEIRO, quanto boa MORADIA, COMIDA, roupa, CARRO, lazer, uma vida saudável, livre de privações… “

Todos os itens listados acima pelos pesquisadores são dignos e deveriam ser acessíveis a todos os habitantes da terra. Entretanto, isso não significa que sejam fonte de felicidade.

São apenas conquistas sociais justas que propiciam bem estar.

Contudo, existe pouca ou quase nenhuma relação entre bem estar e felicidade.

O que faz um finlandês saciado em todas as suas necessidades materiais tirar a própria vida?

É fato que Se continuarmos a adotar essa definição de felicidade para nós, se continuarmos a identificar felicidade com conquistas materiais, vamos continuar nos matando cada vez mais. Sobretudo, vamos descobrir o significado da sabedoria encerrada no conselho simples que o Rabi Jesus nos ofertou.

Ele disse: nem só de pão vive o homem!

Sim! Nós vivemos de pão mas não só de pão!

Vivemos sobretudo do alimento de nossa espiritualidade profunda, vivemos do nosso amadurecimento emocional que não pode ser conquistado a não ser através dessas duras provações que efetivamente pode nos levar a questionar o real valor da vida.

Podemos ganhar o mundo inteiro e morrer na praia porque por mais que o mundo esteja repleto de beleza e ternura, por mais que nós mesmos sejamos uma espécie dotada de uma inteligência impressionante, por mais que tornemos a nossa vida cada vez mais fácil através de nossos inventos, nada disso pode substituir a fome de sentido e significado que nossa alma aspira.

Ainda causa surpresa quando uma pessoa rica, famosa e bonita se suicida.

Dizemos: pôxa, fulano tinha tudo. E então uma pergunta se levanta no meio desse barulho: o que se tornou o Tudo do mundo? Conquistas importantes como essas acima devem ser comemoradas mas de alguma forma não parece ser o bastante pois do contrário não levaria o indivíduo suprido em suas aspirações materiais ao suicídio.

O que faltou? Quais valores ilusórios tornaram-se absolutos para o mundo? Esses valores sentidos como essenciais não muito depois de serem consumidos perdem o seu efeito sedativo e aí se abre um imenso vazio.




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José Raimundo Gomes

J. R.GOMES é psicólogo clínico no Rio de Janeiro. Tem consultório na Tijuca e na Barra. Contato: jrgomespsi@yahoo.com.br / WhatsApp: 21.98753.0356

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