Urano, Netuno e Plutão, os Deuses da Evolução
Urano, Netuno e Plutão, os Deuses da Evolução
Sabemos que cada planeta tem sua própria órbita e velocidade. Ou seja, cada um gasta um determinado tempo para fazer uma volta completa no sol.
Por conta disso, podemos dividir os planetas e categorizá-los conforme seu papel para conosco, determinado pelo tempo que gasta em cada signo.
Temos então, os planetas pessoais: Mercúrio, Vênus e Marte. Rápidos, ficam pouco tempo em cada signo. São eles que modulam nossa personalidade, na forma pensar, desejar, agir, entre outras coisas.
Na sequência, Júpiter e Saturno, como planetas sociais ou transpessoais. Um pouco mais lentos que os pessoais, dinamizam crenças, regras, ideais e cobranças para uma vivência social.
Por conseguinte, chegamos a Urano, Netuno e Plutão.
Planetas transaturninos ou geracionais. Como são lentos, ficam por anos e anos em um mesmo signo. Isto é, marcam gerações inteiras.
Decerto, por serem mais lentos, atuam de forma mais profunda, mais interna no ser humano.
O papel de cada um destes três planetas é uma convocação a mudanças e transformações. Ou seja, eles tratam da nossa evolução pessoal e por isso, vão mexer com a gente no que tange crenças e padrões.
Ou seja, não vão falar de uma mudança puramente externa ou superficial. Eles irão mexer na raiz. Até porque, não deitamos num dia e acordamos outra pessoa. Há toda uma necessidade de internalização e conscientização e, claro, leva tempo. Por isso, são os planetas mais lentos, como dito acima.
Como o mapa astral divide nossa vida em áreas de experiências, poderemos entender o processo evolutivo que somos chamados, observando o caminho que este planetas fazem no mapa.
Além disso, nesta trajetória, tocam planetas diretamente ou por aspecto, consequentemente mexendo com outras áreas da vida.
O que é lógico. Afinal, tudo está conectado. Como eu geralmente brinco, somos uma grande colcha de retalhos.
Neste caminho de uma melhor evolução, somos chamados a mudanças, a partir do momento que entendemos quem somos, nossos potenciais e limites.
A própria ordem dos planetas já nos mostra este caminho:
Sol – quem sou eu?
Lua – de onde eu vim?
Mercúrio – como eu penso e me comunico?
Vênus – como me relaciono?
Marte – como me jogo pra vida?
Júpiter – quais meus talentos e ideais?
Saturno – quais meus medos e limites?
Só a partir deste ponto, de entendermos nossa formação, estamos prontos para sermos livres (Urano), estarmos conectados com algo maior (Netuno) e com o poder de transformar a vida (Plutão).
Ou seja, estes três planetas vão dizer muito da nossa construção de vida.
Urano
Neste sentido, Urano, o primeiro deles, como sabemos gasta aproximadamente 84 anos para completar sua volta em nosso mapa astral. Ou seja, tem pessoas que viverão uma revolução uraniana e outras não.
Urano é o planeta das mudanças, do quebrar padrões e olhar para o novo. Somos tocados para viver a nossa autenticidade, nossa individualidade, rompendo com padrões antigos. Sejam eles formados no seio familiar ou social.
Em sua caminhada, o planeta do “diferente” vai nos estimulando e nos provocando. Na área da vida que ele toca, experimentamos o novo, positiva ou negativamente. Quanto mais consciência temos, mais nos permitimos às mudanças.
Mas, talvez, o momento mais intenso do seu movimento é quando o Urano no céu faz oposição ao Urano no mapa. Por volta dos 42/44 anos, chegamos na fase do “saco cheio”. É o momento que ele nos pressiona e nos pergunta até quando ficaremos presos a situações, pessoas e crenças que não nos servem mais.
Seu processo é uma convocação a atingirmos nossa liberdade de expressarmos realmente quem somos.
Netuno
Enquanto isso, numa outra dinâmica, temos a atuação de Netuno.
Como planeta de mudanças, sua ação é de dissolver. Ele dilui crenças e padrões para que outras possam se instaurar.
Numa caminhada que leva cerca de 164 anos, o planeta que também fala de ilusões e fantasias, nos provoca a olharmos pra vida com mais sensibilidade, imaginação e empatia. Seu papel é nos ensinar que fazemos parte de algo muito maior.
Muitas vezes, presos a uma lógica e a materialidade, passamos por momentos em que ficamos confusos e perdidos. Os desejos perdem sentido. Os caminhos se entortam e nos deparamos em encruzilhadas.
O que Netuno quer nos mostra é simplesmente que devemos fechar nossos olhos da matéria e abrirmos os olhos de uma consciência mais elevada. Assim, conseguiremos ver as saídas, o farol por trás da neblina.
É um convite ao desprendimento. Ou seja, a necessidade da sensibilidade e da intuição falar mais alto que uma lógica cartesiana.
Plutão
Chegamos então, ao deus mais temido de todos, Plutão.
Decerto, na mitologia, ele é o senhor absoluto do submundo e dava calafrios até nos deuses do Olimpo.
Plutão é a verdade de que tudo acaba encarando a gente de frente.
Porém, tudo tem um fim para que se possa iniciar um novo ciclo. É a pura transformação da vida. O ciclo da lagarta para a borboleta. O ciclo da decomposição da matéria orgânica que se torna adubo e dá mais vida.
Desta forma, sua caminhada pelo nosso mapa trata do que devemos reformular. Finalizar para iniciar um novo ciclo. Sua trajetória que dura aproximadamente 240 anos e não viveremos seu retorno ao ponto inicial de quando nascemos.
Em cada setor da vida que vai passando, ele mata para renascer. Dessa forma, somos chamados a despertar para o que não presta mais e muitas vezes, insistimos em continuar carregando esta matéria morta.
Fácil não é. Temos um padrão natural de criarmos apegos. Criamos padrões para que possamos sim, sobrevivermos. Porém, temos que ter a consciência da reciclagem. Tudo é um ciclo. Tudo tem início, meio e fim. E Plutão vai nos perguntar, faz sentido continuar nesta posição?
Sua primeira provocação é em torno dos 36 anos, quando somos chamados a “apertar o botão do f*da-se”.
Nesta fase, podemos viver situações intensas ligadas a área que Plutão ativa no nosso mapa de nascimento e a que ele rege em nosso mapa. Ou seja, despertando a nos empoderarmos.
O grande propósito de Plutão é o real poder de transformar situações. Neste sentido, deixarmos de nos sentirmos incapacitados e despertarmos para nossa força de criação.
Ligar o f*da-se, é se empoderar. Focar no que realmente importa e faça sentido pra gente, independentemente da aprovação externa.
Ou seja, estes três deuses da mudança, ou melhor – deuses da evolução – com suas atuações nos convida a despertar. Isto é, entender que não somos mais obrigados a manter crenças, padrões que que nos atrapalham a sermos verdadeiramente quem somos.
Mas, felizmente ou infelizmente, o ser humano só se mexe quando a água bate na b*.
Então, bora evoluir!
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