Vênus e Eros

Vênus e Eros – os deuses, do Caos ao Cosmos

Certamente, muito antes de tudo existia Caos.

Somente depois surgiram Géia…,o tenebroso Tártaro…, e Eros, o mais belo dos deuses imortais, aquele que enfraquece os membros, dominando o espírito e a vontade prudente no íntimo de todos os deuses e todos os mortais.

Geia primeiro engendrou o estrelado Urano .

Ela o fez semelhante a si mesma, para cobri-la e envolve-la de todos os lados, tornando-a assim um lugar seguro para os deuses imortais.
Hesíodo (fragmentos), Teogonia

Do Caos Surgiu o Cosmos

Esta é a versão de Hesíodo para a saída do Caos ao Cosmos, como em toda a Mitologia Grega há variações sobre um tema, mas, aqui não nos interessa esses detalhes.

Fomos até Hesíodo, para dizer que do Caos surgir o Cosmos.

Hesíodo diz que quando do Caos surge o Ovo Cósmico, o primeiro deus que nasce é Eros – o antigo.

Seu objetivo seria criar o polo oposto, para que os seres buscassem a unidade perdida. Por isso, do Ovo surgiu Géia que gerou Ouronos o céu estrelado.

E, assim, a força que a unidade indiferenciada utiliza para que do Uno surjam todas as coisas, é Eros, o Amor força motriz para a saída à manifestação.

Entramos no mundo da separatividade e da multiplicidade. Surgem o Tempo e o Espaço.

Assim, surge também o Olimpo, que é governado por Zeus, Oceano por Netuno e o Tártaro por Hades.

A trindade grega que surge após, a Guerra dos Titãs. Neste momento, Afrodite e Eros (menor), seu filho, fogem.

A Fuga de Eros e Afrodite

Quando surge a guerra, a Beleza e o Amor fogem.

E, são perseguidos sem cessar, e em uma bela passagem, dizem que os caniços de um rio ouvem seus gritos e chamam dois peixes que lhes ajudam em seu desespero, certamente, encontramos um bom motivo para Vênus se exaltar em Peixes.

Nesse momento, no qual, os deuses em fúria abatem sobre os homens várias adversidades, essa lembrança deveria nos conduzir a reflexões que nos guardariam de um mal maior.

A separatividade nada tem a ver como ódio. A multiplicidade é a coagulação do Uno.

Decerto, para que possamos viver com a cabeça no céu e com os pés na Terra.

Em algum momento, o Amor nos chama para que procuremos nossa unidade perdida, é uma lembrança para que as criaturas criem sentido no mundo.

As Flechas de Eros

Eros tem a missão de disparar suas flechas, atingindo a todos, indistintamente. Inclusive os deuses, todos devem ter sua contraparte. Não fosse assim tudo seria inócuo e infértil. Este é o Princípio do Gênero, vindo do Egito por Hermes Trismegisto.
Sendo uma Lei do Universo, o Amor só pode ser uma coisa boa, como dizia o poeta. Nesse Dia dos Namorados, no qual, escrevo penso que mesmo sob um céu astrologicamente tenso, o Amor não pode ser raso.
“O Universo é um mistério para ela mesmo”, dizia Brahma lá na Índia. Agora, que deveríamos mais ardorosamente buscar por faz parte da deterioração e reconstrução, existente em tudo.
Mesmo que nossa personalidade se desmonte, se conseguirmos aceitar, deixemos que se destrua, para ser reconstruído em outro patamar, o importante é estar participando do processo.

Um Hino ao Amor

Cada ser vivo que se dispõe a esta experiência, se torna divino, pois que os deuses na sua grandeza viveram primeiro cada prazer, cada glória, cada dor, cada mazela que pode estar imbuída nesta canção, antes dos homens.

A Astrologia, é um oráculo e como diante de qualquer um deles, se você sabe de antemão pode-se mudar o que seria destino. Tudo bem, amanhã será um dia bem difícil, já sabem?

Pois bem, mudem tudo! E, cantem seu hino em louvor a ele, seja do modo que você quiser, tenham esperança em vez de medo, é uma roupa bem mais bonita. E assim vestidos, encontrem sua contraparte.

E que possam dizer como nosso querido Mário Lago: “Fiz o que fiz e fiz com paixão. Se a paixão estava errada, paciência. Não tenho frustrações, porque vivi em um espetáculo. Não fiquei vendo a vida passar, sempre acompanhei o desfile.”
crédito de imagem destacada :Salvador Dali




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Virginia Liz Soares

Comecei meu caminho na vida acadêmica, como quase todas as pessoas. Mas, logo, senti o chamado de minha verdadeira vocação: trabalho há 30 anos com a Astrologia como função central, porém, paralelamente, fui incorporando várias atividades que se conectam organicamente, a esta. São atividades como terapeuta holística que foram alimentando e se agregando a esta atividade central. FACEBOOK / GOOGLE / YOUTUBE / virginealizs@gmail.com

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