OS ENSINAMENTOS DE JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA CRISTÃ VII
OS ENSINAMENTOS DE JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA CRISTÃ VII
A segunda parte estabelece a definição de ‘tradição interna’.
Esta determina as fontes primárias e secundárias dessa tradição e as formas para termos acesso ao seu material.
A importância da interpretação do material bíblico é ressaltada.
O significado da meta suprema apontada por Jesus, o Reino dos Céus, é o objeto da terceira parte.
Contrastando com o conceito de ‘Reino’ na tradição judaica e como ele foi interpretado pelas igrejas ortodoxas.
É, então, sugerido que o Reino dos Céus não é um lugar no tempo e no espaço.
Ele não é atingido somente após a morte, mas é um estado de espírito que pode e deve ser alcançado aqui e agora.
Ao contrário do que muitos crêem, só aqueles que alcançam o Reino enquanto encarnados podem gozar da bem-aventurança celestial após a morte.
A quarta parte é a descrição do processo de retorno à Casa do Pai, a nossa meta.
Sendo a Parábola do Filho Pródigo um exemplo de como a interpretação de um mito ou alegoria pode
proporcionar a chave para o entendimento dos ensinamentos ocultos de Jesus.
Dois outros mitos cosmogônicos ainda mais abrangentes e profundos do que aquela parábola, são apresentados em anexo.
São conhecidos como o Hino da Pérola e o mito de Pistis Sophia, oferecendo assim outras fontes para o mesmo ensinamento.
Como o objetivo do trabalho não é meramente acadêmico, as questões práticas relacionadas com o método e
o instrumental transformador legado pela nossa tradição são enfatizadas, ocupando a maior parte do livro.
A quinta parte aborda o método para alcançar o Reino dos Céus.
O qual foi descrito por Jesus como a porta estreita e o caminho apertado.
Em sua essência, o método poderia ser resumido no que a ortodoxia chamou de ‘arrependimento’.
Mas que no original grego era metanoia, que, assim, tinha um significado bem mais amplo.
Que era o de mudança dos estados mentais que levam à mudança de consciência pela superação dos condicionamentos e da ignorância anterior.
Esse conceito é basicamente psicológico e oferece um paralelo com o enfoque da tradição budista de transformação da mente.
Ainda nesta parte são abordados os primeiros passos no caminho espiritual.
Incluindo o despertar para a realidade última da vida, bem como a eterna busca da felicidade e o papel da aspiração ardente.
Finalmente, são examinadas as regras do caminho espiritual, a fundação da verdadeira fé.
Dentre essas regras são discutidas a unidade de todas as coisas.
Não só a natureza cíclica da manifestação, mas também o objetivo do processo de manifestação, o papel do
livre arbítrio e da lei de causa e efeito e a importância do conhecimento de si mesmo.
O instrumental transformador de nossa tradição é tão rico e efetivo como o das tradições orientais.
Esse instrumental, que constitui verdadeiramente as chaves do Reino dos Céus, é examinado na sexta parte.
Assim como a Bíblia nos fala dos doze apóstolos de Jesus, a tradição interna legou-nos doze instrumentos transformadores.
Os seis primeiros servem como fundação para o processo transformador.
Promovendo o que os místicos chamam de via negativa ou purgativa e os cristãos primitivos de kenosis, ou esvaziamento que prepara a alma para receber a Graça suprema do Espírito.
Esses seis primeiros instrumentos fundamentais são a fé, o amor a Deus, a vontade, a purificação, a renúncia e o discernimento.
Os outros seis instrumentos são de natureza mais operativa.
São eles: estudo, oração e meditação, lembrança de Deus, atenção, rituais e sacramentos e, finalmente, a prática das virtudes.
Na sétima e última parte destaca-se a integração entre a natureza superior e a inferior do homem.
Que, semelhantemente ao processo de individuação descrito por Jung, é necessária para que ocorra o verdadeiro crescimento espiritual.
Verifica-se que o amor e a verdade são os elementos integradores mais importantes no processo.
De interesse especial para o devoto são os indícios de que a transformação está ocorrendo e está levando-o progressivamente à união com o Supremo Bem, a meta de todo esforço.
Um fato de especial interesse para o devoto é que a vida do Cristo, pode ser vista como uma alegoria do caminho acelerado.
No qual os marcos de seu nascimento, batismo, transfiguração, morte e ressurreição e, finalmente, a ascensão representam as cinco grandes iniciações.
Com o objetivo de tornar este livro o mais prático possível para o buscador determinado a entrar pela Porta Estreita e trilhar o Caminho Apertado, reunimos no Anexo 1 algumas práticas e exercícios espirituais, decorrência natural dos instrumentos transformadores examinados ao longo do texto.
Um glossário também é apresentado, numa tentativa de facilitar o entendimento da terminologia cristã e esotérica, bem como uma bibliografia.
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