Sinastria afetiva – Os mistérios de um relacionamento
Sinastria afetiva – Os mistérios de um relacionamento
São inúmeras as perguntas que tanto clientes quanto alunos, ou mesmo curiosos, costumam fazer sobre o tema sinastria.
Resolvi enumerar alguns desses questionamentos, e em seguida, enviar a explicação correspondente.
Em primeiro lugar, sou eu que faço a pergunta:
Somos os mesmos desde que nascemos até o último dia de nossas vidas?
Resposta: Evidente que não. Viver é se transformar, e se assim não fosse, consequentemente, não haveria evolução.
Uma sinastria bem feita não é algo simples. Ela tem que contar com inúmeras variáveis ao longo do caminho, além do trajeto inicial.
Primeiro é necessário conhecer bem o mapa dos envolvidos. Se não conhecermos bem esses mapas, não saberemos jamais o que cada um necessita para sentir-se satisfeito em seu relacionamento.
Em segundo lugar, é preciso que se saiba analisar adequadamente o que ambos desejam com aquela relação. Casar? flertar? uma relação livre? As expectativas de ambos são as mesmas?
Inúmeras são as variáveis.
A análise individual de cada um dos mapas é padrão, contudo, a análise comparativa entre os mapas não. Ela vai variar de acordo com a expectativa que cada um dos envolvidos tem da relação. E isso, naquele momento específico.
Só assim, poderemos efetivamente saber se um mapa supre as expectativas do outro.
Todavia, existem outras questões embutidas.
primeira: estamos nessa primeira análise analisando compatibilidades e expectativas daqueles seres como nasceram.
segunda: o que vemos na carta natal são potencialidades, portanto, coisas que ainda poderão ser desenvolvidas, ou não.
terceira: essas características, analogamente, podem ser conscientes, ou não.
Tanto o meio, quanto a criação e as experiências vividas por cada um, influenciarão suas opções e manifestações no campo afetivo.
quarta: mapas natais que não são compatíveis, podem ser compatíveis durante alguns períodos de nossas vidas, e vice-versa.
As cartas natais não são extáticas e através de análises específicas, não progridem na mesma velocidade. Isso altera tanto as necessidades individuais quanto o fator de atração de um pelo outro.
Elas farão aspectos diversos entre si em períodos diversos da vida.
Essa é uma das razões pelas quais podemos nos envolver em determinados momentos de nossas vidas com pessoas que tempos depois não conseguimos entender como fomos nos fascinar por elas. O mesmo ocorre em sentido contrário.
Em síntese, somos compatíveis em alguns períodos, entretanto, incompatíveis em outros.
Por outro lado, podemos voltar a sê-lo anos mais tarde.
Um caso prático:
Na adolescência conhecia um rapaz que não me dizia absolutamente nada em termos afetivos.
Na idade adulta voltamos a nos encontrar e de cara nos apaixonamos e fomos felicíssimos por 8 anos.
Durante esse período, as ¨desincompatibilidades¨ entre aqueles mapas haviam desaparecido. Outrossim, comparando o mapa dele daquele momento específico em relação ao meu mapa natal, seria inevitável o envolvimento.
Da mesma forma, comparando o meu mapa daquele momento incidindo sobre o dele, aparecia o mesmo.
O estudo dos trânsitos e progressões só serviram para afiançar que estaríamos vivendo um período fértil na esfera afetiva.
Porém, o ¨feitiço¨ passou. Se esbarramos hoje, nada evoluirá além do que restou, uma afetuosa amizade.
Poderia ter sido diferente? Sim, mas isso seria tema para um outro artigo abrangendo outras variantes que não estão em pauta nesse.
Boa semana!
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