Luz sobre a pandemia
Luz sobre a pandemia
Este artigo pretende lançar luz sobre a atual pandemia, através da leitura do método do Tarot Terapêutico.
Neste método, o primeiro arcano, fala sobre a DOR, em questão. O segundo arcano, fala sobre o REMÉDIO, para a dor ou doença em questão. O terceiro arcano, fala sobre o CAMINHO a ser adotado para que a cura se concretize.
Trabalharemos aqui, com a seguinte questão:
O QUE PRECISAMOS SABER SOBRE A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS?
V – O HIEROFANTE
A DOR
Dogmatismo, excessos mentais que geram repressão e imaturidade emocional.
Comentário
O Hierofante é o mestre, o professor, o juiz, o sacerdote. É aquele cuja palavra deveria ser a expressão da correção e da verdade.
Hierofante – do Grego HYERÓS, “sagrado”, mais PHAÍNEIN, “fazer aparecer”, relacionado a PHOS, “luz”. Ou seja, “aquele que faz aparecer a luz”, o mestre.
No entanto, nos tarôs medievais O Hierofante passa a se chamar “O PAPA”, ou seja, O Pai. De mestre da Luz, a uma figura patriarcal, cuja responsabilidade é impor padrões dogmáticos, rígidos e materialistas, masculinos e antinaturais.
Deveras, é importante entender que O Hierofante, não representa aqui uma figura de autoridade, mas sim, os padrões, crenças e conceitos que regem a cultura humana. Inegavelmente, nossa sociedade caminha na contramão da vida. Acima de tudo, somos servos de um sistema que nos impõe uma constante e exaustiva escalada material e intelectual.
Em que acreditamos?
Principalmente, acreditamos que não podemos parar. “O mundo não pára”, dizemos. E assim, corremos feito loucos em direção ao vazio. De fato, estamos cada vez mais doentes, drogados, medicados e infelizes.
XV – O DIABO
O REMÉDIO
Superação de emoções e atitudes autodestrutivas: vícios, obsessões, vergonha, auto-sabotagem, fobias, etc. Superação da negatividade. Encontrar o bem e a luz em si.
Comentário
O Diabo é o arcano que representa o obscuro dentro de nós. A negatividade e a Sombra, as compulsões e paixões que nos possuem, sem que consigamos controlar.
Assim como, não conseguimos controlar o desejo de ferir alguém, também não conseguimos controlar o desejo por algo ou alguém. Embora, consigamos controlar o ato, mas não controlamos a emoção.
Mas, o que torna as nossas emoções tão poderosas e pungentes? Por que não conseguimos controlar a gula, a ira, a luxúria? Porque, o que está reprimido no inconsciente nos possui e domina de forma potente e perigosa. Afinal, o que negamos, quer chamar a nossa atenção.
De fato, quanto mais reprimido o indivíduo, mas perigoso e diabólico ele pode se tornar, tanto para si mesmo, quanto para os outros.
Juliet Sharman-Burke e Liz Greene, nos contam no livro do Tarô Mitológico, que segundo Plutarco, ao largo das ilhas do mar Egeu , nos tempos do imperador Tibérius, a tripulação de um navio ouviu uma estranha voz que gritando, três vezes: “O grande Pan morreu!” Em seguida, ouviram lamentos e gemidos. Neste exato momento, nascia no cristianismo. E deste nascimento, as igrejas, que muitas vezes são utilizadas pelo poder, para exercer domínio sobre a humanidade.
De fato, o deus Pan, é uma das representações mais clássicas do arcano do Diabo.
Pan é o deus das matas e dos rebanho, um protetor das florestas. De seu nome deriva a palavra “pânico”.
Síndrome do pânico, pandemônio, pan – do grego, TODOS. E esta pandemia, nos afeta a todos!
Mas, Pan também dá nome ao instrumento musical, flauta de Pan. Ele tocava nas florestas e todos dançavam em seu ritmo contagiante. Certamente, o prazer de viver a vida na Terra, no corpo, também é assunto de Pan.
Pan assustava com seus horrendos gritos, aqueles que entravam na floresta para destruí-la. Analogicamente, neste momento, a natureza se impõe a nos para que nela possamos vicejar.
O que verdadeiramente somos?
É importante que busquemos aquilo que é mais orgânico, natural e verdadeiro dentro de cada um de nós.
Assim como, que honremos os nossos corpos e suas sensações. Aliás, é importante que percebamos que tudo que é natural dentro de nós é sagrado.
“Talvez todos os dragões nas nossas vidas sejam princesas, que estão apenas à espera de nos ver agir, apenas uma vez, com beleza e coragem. Talvez tudo aquilo que nos assusta é, na sua essência mais profunda, algo desamparado que quer o nosso amor.” (Rainer Maria Rilke)
XIV – A TEMPERANÇA
O CAMINHO
Promover em si mesmo a harmonia – Reiki, florais, meditação, yoga , ho’oponopono, etc – para que a energia divina possa se manifestar em nossas vidas e em nossas relações.
Comentário
Neste método, o terceiro arcano, indica o caminho que devemos tomar, diante da situação que está sendo estudada. Este caminho, indica a maneira que devemos abordar as situações daqui para frente, de modo que possamos gerar, passo a passo, os melhores resultados.
Certamente, o arcano XIV, A Temperança, sugere a conexão com as forças sagradas e benevolentes, dentro de nós mesmos. De modo, que possamos também nos conectar com o sagrado, com o divino, fora de nós.
Uma das representações da Temperança é Kuan Yin – “Aquela que ouve os clamores do mundo”. Kuan Yin é a deusa da compaixão, do perdão, da compassividade. Muitas vezes, representada com um jarro, despejando néctar na boca de um dragão. Ela é a própria imagem do amor e da benevolência, que tem o poder de trazer a cura.
A palavra mais forte para A Temperança é TRANSMUTAÇÃO. Transmuta pois, os venenos que nos queimam e que nos afastam do Amor Divino. E que possamos estender ao coletivo esta harmoniosa energia.
E novamente, Rilke:
“Quem pode ter vivido sua vida em solidão e não se ter maravilhado de como os anjos ali o visitarão de vez em quando e o deixarão partilhar do que não pode ser dado à multidão, aos dispersos e desintegrados que em gritos, desataram suas vozes?”
Como podemos gerar um futuro melhor?
O trabalho individual, consiste em encontrar métodos terapêuticos que nos conduzam a harmonia, interior e exterior. Não adianta apenas lavarmos as mãos, é preciso higienizar os pensamentos e emoções. Decerto, precisamos cuidar de nossas vibrações. Fortalecendo, através da harmonização, nossos sistemas imunológicos e nossa conexão com o sagrado.
Coletivamente, precisamos nos unir em vibrações de paz, harmonia e solidariedade. Assim como, precisamos tomar consciência de nossa responsabilidade junto aos demais. Certamente, esta crise exige o que há de melhor em cada um de nós, por todos nós.
Nenhum acontecimento nos trouxe tanta consciência de que Somos Um!
Que o néctar de Kuan Yin abençoe a humanidade, trazendo amorosidade, saúde e paz a todos nós!
“No pico máximo,
tudo se torna divino.
Esse mesmo mundo é o paraíso,
e esse mesmo corpo o Buda.”
(Osho)
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