Novembro Negro: Racismo, o veneno que corrói um país

Novembro Negro >>O racismo é qualquer pensamento ou atitude que separam as raças humanas por considerarem algumas superiores a outras.

Portanto,quando se fala de racismo, o primeiro pensamento que aparece na mente das pessoas é contra os negros.

Contudo, o racismo é um preconceito baseado na diferença de raças das pessoas.

Tanto  pode ser contra negros, quanto asiáticos, índios, mulatos, e até com brancos, por parte de outras raças.

Entretanto, por terem uma história mais sofrida com o preconceito, os negros são principal referência quando é discutido o tema racismo.

Novembro Negro: Racismo, o veneno que corrói um país>/h4>

Primeiramente, a noção de racismo estrutural tem como base a herança escravocrata do país. Convivemos com a escravidão até 1888.

O processo de inserção dos negros na sociedade não foi imediato, visto que o não houve suporte do Estado.

Assim sendo, a maioria passou a viver em habitações de péssima qualidade, assim como a sobreviver de trabalhos informais e temporários.

Usualmente, em troca de moradia e comida.

Novembro Negro: Diferenças entre Raça e Etnia

Embora seja dito muitas vezes como sinônimos, existem certas diferenças entre raça e etnia.

Afinal, raça se expressa nas características visíveis da pessoa.

Ela engloba as características físicas, tais como tonalidade de pele, assim como, formação do crânio, rosto e tipo de cabelo.

Analogamente,  a etnia também refere-se a isso, mas ela vai além das características físicas da pessoa, ela inclui a cultura, nacionalidade, afiliação tribal, religião, língua e tradições.

Se liga que dentre as várias raças humanas, as quatro principais são:

Caucasianos: De origem europeia, norte-americana, árabes e até indiana. Com exceção dos mediterrânicos, tem nariz estrito, lábios delgados e cabelos ondulados ou lisos.

Tem como principais características pele e olhos claros.

Mongoloides: De origem asiática, apresentam a tonalidade de pele amarelada, cabelos lisos, rosto achatado ou largo e nariz de forma variada.

Variaram dessa raça os esquimós e índios americanos.

Australóides: Tem como características os olhos escuros, cabelo encaracolado e nariz largo.

A tonalidade da pele é escura, quase negra.

Negros: De origem africana, apresentam as características de pele escura, olhos escuros, lábios grossos, nariz achatado e cabelos crespos.

Novembro Negro: Racismo a brasileira é o cardápio do dia a dia…

No Brasil uma pessoa de pele escura tem que andar muito mais bem vestida do que alguém de pele clara, se quiser receber um tratamento razoável ou diminuir as chances de ser tratada com agressividade, desconfiança ou desprezo.

Ao abrirem caminhos institucionais e sociais para a diminuição da absurda desigualdade racial deparamo-nos com o ódio racial militante nas classes médias.

Esse episódio de Petrópolis é parte desse processo mais profundo.

Sabemos que a cada avanço contra as desigualdades sociais, raciais e de gênero se levantam fortes reações conservadoras que acabam por impor o retrocesso político no país e escancarando o racismo das elites

Não é raro ler relatos de pessoas de pele escura que foram abordadas por seguranças em lojas, ou impedidas de entrar em algum lugar.

Só por causa da cor da pele

O preconceito contra é algo bem comum.

Além disso, a marcação racista se estende ao mercado de trabalho.

Aproximadamente 1% dos executivos das 500 maiores empresas no Brasil são negros.

O racismo não mede limites para desrespeitar aos negros na sociedade brasileira.

Como é sistêmico e antigo, ele ainda persiste, porque se mascarou através da hierarquia social, das oportunidades de trabalho e da marginalização dos afro descentes em favelas e periferias

Novembro Negro: O racismo está nos dados

A cada 100 pessoas vítimas de homicídio no Brasil, 71 são negras, informa o Atlas da Violência de 2017, estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) junto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

De acordo com o mesmo órgão, em 2015, dos quase 10 milhões de desempregados acima dos 16 anos, cerca de 2,7 milhões eram homens negros e 3,1 milhões eram mulheres negras, totalizando quase 6 milhões.

A desigualdade continua em outros recortes.

Enquanto o número de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%, entre 2003 e 2013, os homicídios de mulheres negras, no mesmo período, aumentaram 54,2%, segundo o Mapa da Violência de 2015, pesquisa que também esmiúça o panorama nacional, passando de 1.864 para 2.875 vítimas.

O mercado de trabalho também expõe suas diferenças

De acordo com o Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, produzido pelo Ipea, em 2015 a taxa de desocupação de mulheres negras era de 13,3% e a dos homens negros, 8,5%.
Isso acaba sendo reflexo também da falta acesso à educação.

Entre 1995 e 2015, a população adulta branca, com 12 anos ou mais de estudo, duplicou de 12,5% para 25,9%.

No mesmo período, a população negra com a mesma escolaridade, passa de 3,3% para 12%.

Apesar do aumento, a disparidade ainda é grande, porque é importante lembrar que, no Brasil, 54% da população se autodeclara preta ou parda (que somadas são a população negra)

Trazer consigo uma cultura tão rica e tão bela é uma questão de orgulho e não de menosprezo.

As pessoas não têm que ver a cor da pele, mas sim a história, cultura e olhar para si aceitando que corre nas suas veias sangue de várias etnias, deixando de ser ignorante e “ser” humano.

Novembro Negro: Violação dos direitos étnico-racial

Existem no Brasil diversos órgãos de proteção e promoção dos direitos humanos que podem ser utilizados por pessoas vítimas de racismo e discriminação.

Caso crimes dessa natureza sejam identificados a primeira providência, para que seja instalado um inquérito, é registrar uma queixa em uma delegacia de polícia, seja ela especializada no combate à discriminação racial ou não.

Só depois o caso poderá ser encaminhado à justiça

No caso de injúria racial (Lei nº 9.459/1997), existe a necessidade da presença de advogado ou defensor público.

Através dela é possível obter a reparação civil pelos danos sofridos.

Por último, para violações de direitos como os das comunidades quilombolas ou quando houver veiculação de mensagens racistas em meios de comunicação, os órgãos a serem contatados são as Procuradorias Regionais dos Direitos do Cidadão nos estados, a Defensoria Pública da União ou a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.
No caso de discriminação existente no mercado de trabalho, o órgão a ser contatado é o Ministério Público do Trabalho.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino
UNEGRO-União de Negras e Negros Pela Igualdade -Pesquisadora-historiadora
CEVENB RJ- Comissão estadual da Verdade da Escravidão Negra do Estado do Rio de Janeiro
Comissão Estadual Pequena África.

Fonte:IBGE




Outros artigos interessantes deste mesmo autor:

Deixe seu like e siga nossa Rede Social:
0

Claudia vitalino

UNEGRO-União de Negras e Negros Pela Igualdade -Pesquisadora-historiadora CEVENB RJ- Comissão estadual da Verdade da Escravidão Negra do Estado do Rio de Janeiro Comissão Estadual Pequena Africa. Email: claudiamzvittalino@hotmail.com / vitalinoclaudia59@gmail.com

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *