Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica?

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Hoje em dia o termo Astrologia surge nos mais diversos meios de informação. É agregado a formas publicitárias que na maioria das vezes anunciam coisas que nada têm a ver com a Astrologia.

Horóscopos diários e semanais surgem nos jornais e revistas como sendo determinantemente fator de venda, para esses meios de comunicação. E na verdade quem resiste a dar uma olhadela no seu próprio horóscopo? E porque que é que isso acontece?

Porque existe a esperança que esse testo diga de fato algo que nos vai acontecer. E isto, porque nós precisamos sempre de ter esperança, de poder acreditar que alguma coisa mudará na nossa vida. Sobretudo quando ela se tornou monótona, ou quando nos sentimos tão açambarcados de problemas que estes parecem não ter saída.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Acertos remotos

Assim, a questão que prende à validade desses horóscopos é que a probabilidade de acertarem em caso individual é tão remota. Como é a de ganharmos a loteria. Embora isso naturalmente possa acontecer em qualquer dos casos.

Quando dividimos o Zodíaco em 12 Signos, estamos a dizer que qualquer pessoa que exista, pertencerá obrigatoriamente a um deles. O que levaria a acreditar que só existem 12 tipos de pessoas no mundo em que vivemos. E isto é um pouco o que acontece quando dizemos eu sou Carneiro, tu és Leão ele é de Sagitário.

Suponhamos um grupo de 120 pessoas. Estatisticamente poder-se-ia dizer com alguma probabilidade que pelo menos 10 dessas pessoas seriam do Signo de Aquário. Essas pessoas teriam vidas iguais? Estariam todas debaixo das mesmas influências? Teriam um futuro idêntico?

A resposta seria literalmente, NÃO!

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Analisando a forma

A única verdade astrológica, relativamente a essas 10 hipotéticas pessoas consideradas. É que nas suas respectivas datas de nascimento o Sol encontrava-se a transitar o Signo de Aquário.

Comecemos agora a analisar estes factos de forma mais analítica: 

 Esse Signo de Aquário (como de resto, qualquer outro), divide-se em 12 Ascendentes. O que por si só já definiria 12 tipos de aquarianos. Aquarianos com Ascendente Carneiro, Touro, Gémeos e assim por diante.

Olhamos para os Signos Solares considerando que cada um deles por si, poderá ter 1 dos 12 Ascendentes possíveis. Diríamos que 12 a 12 = 144. Então temos 144 tipos de pessoas e não as 12 inicialmente consideradas.

E a questão termina aqui? Não!

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? As formas de relacionamentos

Esses 144 tipos de pessoas sentem e harmonizam-se com o mundo de 12 formas diferentes. Porque as suas Luas de Nascimento podem estar em qualquer um dos 12 Signos. O que elevaria já a questão dos tipos de pessoas para 144 a 12 = 1728.

Até aqui apenas consideramos os três fatores mais comuns e que uma grande maioria de pessoas, já requer saber: Qual o meu Signo Solar? Qual o meu Signo Ascendente? Qual o meu Signo Lunar?

Se continuássemos com esse multiplicativo comum de 12, fazendo operações sobre a forma de pensar, agir, amar, etc. Chegaríamos a números tão astronomicamente grandes que na verdade nos individualizava demais. De forma tal que o indivíduo A, terá sempre um história, um caminho e um futuro diferente do indivíduo B.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Únicos no universo

Na verdade, nós somos um caso único perante o Universo. E por muito iguais que sejamos na aparência. Por muito que nos possamos identificar por elementos comuns. Ainda assim acabamos por ter uma individualidade de tal modo marcada. Que ninguém é igual a ninguém. Somos semelhantes, mas diferentes, entre iguais (no conceito social). A nossa individualidade provém do conceito espiritual e não mundano.

Consequentemente, numa outra perspectiva se quisermos, e na expressão “somos todos filhos de Deus”. Quer isso dizer que temos uma origem comum; que atualmente fazemos um processo de separatividade ou integração com Ele. Mas que cada um de nós o faz de forma específica. Com uma história diferente e posicionado em graus de consciência diferentes. Razão pela qual muitas vezes falamos com as mesmas palavras e dizemos coisas diferentes. O que é uma das origens do desentendimento humano.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica?  Ler o horóscopo

Depois de tudo isto pergunta-se: é mau lermos o horóscopo? Não é bom nem mau, como nem é bom nem mau comprarmos a loteria. É bom se ganharmos e é mau se ficarmos frustrados. Só nesse sentido.

Em certos tipos de análises, ainda assim podem afirmar-se algumas verdades genéricas, por exemplo:

Plutão entrou no Signo de Sagitário no ano de 1995 e lá permanecerá até finais do ano de 2008. O que se poderá deduzir deste facto?

Que neste intervalo de 13 anos, a vida dos nativos de Sagitário, passará por mudanças significativas. E a verdade genérica termina aqui.

Assim sendo, fica por responder:

Quando é que essas mudanças se verificam, na vida individualizada dum Sagitário?

Em que setor da vida desse nativo essas mudanças terão maior impacto?

Por que essa mudança?

Que perspectivas para o futuro?

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Análise de especialista

Analisar um tema astrológico, é matéria para um especialista. Porque os milhares de fatores que estão em jogo, intercambiam-se, funcionando numa relação de forças, que têm de ser ponderadas. Imaginem por exemplo um estudante de medicina, que começa a estudar os sintomas de determinada doença. Ele próprio tem a tendência de achar que sente todos eles. E a sua falta de preparação técnica pode levá-lo a acreditar que está de facto doente. Na Astrologia é a mesma coisa. Ás vezes uma pequena diferença num cálculo ou a não observação de todos os fatores em jogo. Pode levar-nos a acreditar numa coisa e ela pode significar diametralmente o contrário.

Todavia, já houve tempo que os astrólogos dos imperadores chineses eram simplesmente condenados à morte ou à cegueira, perante uma falha. N mesma tradição, a Védica preconiza que quem faz mau uso da Astrologia numa vida, nasce cego, na vida seguinte.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Outros olhos para a astrologia

Sem entrarmos em deambulações filosóficas desta natureza, podemos pelo menos começar a olhar a Astrologia com outros olhos. Ela é uma Ciência Antropomórfica ” ela tem o Homem, como centro do seu universo”. O Homem que vive numa inter-relação permanente com os outros homens, consigo mesmo, com o meio que o rodeia O seu sentir, o seu amar, o seu compreender, a sua própria ação inserida no seu quotidiano. As suas aspirações metafísicas, a sua fé, o seu caminho de vida. Tudo lá está nesse perfeito Cronograma como se fosse uma espécie de DNA.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Dar crédito à astrologia

Acreditar ou não acreditar na Astrologia. Começa a ser uma questão de conhecimento, de verificação. Obviamente não pode ser o resultado de meras especulações daqueles que nem sabem do que é que estão a falar. Imaginem a figura ridícula que faria numa mesa redonda onde se discutia a validade da física quântica na engenharia genética. O melhor era estar calado. Porque de fato estava exposto a matérias que não conheço. E se por ventura li uns livros ou revistas da especialidade. Nem isso não me dá o direito intelectual. De discutir com homens que por ventura dedicaram uma vida a esse tipo de pesquisa.

Portanto, não sendo maçante sobre a história evolutiva da Astrologia, nomeadamente em Portugal. Quero apenas dizer-vos que ela já vez parte da cátedra de Medicina de Lisboa. E posteriormente a Inquisição já tratou bastante mal os seus praticantes.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Astrologia e medicina

Felizmente os dias são outros e por todo o mundo está a fazer-se um esforço de dignificação desta milenar ciência. Havendo mesmo uma proliferação de bibliotecas especializadas e as Universidades. Nomeadamente americanas, começaram a dar-lhe o maior crédito, integrando já astrólogos em grupos de intervenção hospitalar.

Na verdade, e disso falaremos mais tarde, existe uma profunda relação entre a Medicina e a Astrologia. Isto porque a própria clinica aceitou como verdade que salvo em casos patológicos e ou hereditários. Que a grande maioria das doenças tem a sua origem em problemas emocionais não resolvidos. Ora quem melhor que a Astrologia para identificar esse tipo de conflitos?

Portanto, comecemos por perceber o que é a Astrologia através da Filosofia que lhe está subjacente. Ela é antes de mais, uma linguagem simbólica em nada diferente da linguagem simbólica da matemática. Quando digo simbólica poderia dizer convencional, porque uma e outra lidam com convenções. A matemática, com sinais de adição ou de multiplicação. A Astrologia com sinais de Conjunção ou Quadraturas. E no fundo o que são essas Conjunções ou Quadraturas? São meras relações angulares. Ou seja, ângulos que distanciam Planetas ou pontos sensíveis de um Tema Astrológico. E que ganham um significado especial, através das suas operações. Tal como existe um significado especial para cada operação matemática.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Astrologia e matemática

Quando aprendemos matemática, começamos exatamente pela tabuada, depois evoluímos para o cálculo de raízes, binômios, etc. Até aos mais sofisticados cálculos socorrendo-nos inclusive dos computadores. Se continuarmos a pensar em termos matemáticos, podemos dizer que se tornou a base do mundo científico em que vivemos. Mas na verdade a Matemática em si, ou seja, a Matemática Pura, não pode ajudar a resolvermos nada. No entanto se aplicarmos a Matemática às mais diversas áreas do saber, então temos resultados fantásticos.

A Astrologia em si, e nesta analogia com a Matemática também é uma Ciência Pura. Ela só ganha sentido quando aplicada ao ser humano, ou mesmo a um evento especial, a uma empresa. Ou ao que seja, começando por determinar um momento especial do tempo. Por exemplo, quando nós nascemos esse minuto concreto, carrega uma qualidade especifica do tempo. Como se fosse uma semente de certo modo programada e que terá uma certa evolução lógica.

No entanto, podemos dizer que uma carta astrológica é um ordinograma da vida. Tal como o são cadeias do DNA. Pessoalmente prefiro a designação de Cronograma. Porque nesse grande ciclo de tempo entre o nascimento e a morte, existem milhares de subciclos, que são temporalmente quantificados.

E nesse aspecto existe um determinismo absoluto.

Em ponto de partida ainda não expliquei como pode ser interpretado um determinada aspecto astrológico. Falaremos dos significadores.

Sem dúvida, mas uma coisa é certa: imaginem num Cronograma ou Carta Astrológica, que o Planeta Vénus se encontra no Grau X do Signo Y. Pode-se determinar com precisão de dia, hora e minuto todos os Trânsitos que esse Planeta. Irá fazer e sofrer ao longo da vida. Desse nativo e obviamente que qualquer um desses Trânsitos trará implicações práticas no seu dia.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Astrologia é uma técnica e uma linguagem

A Astrologia em si é uma Matemática ou mais precisamente uma Geometria. Não é uma superstição, nem uma intuição, mas sim uma Técnica. Que deve ser rigorosa na sua aplicação. Depois é também uma linguagem. Ao falarmos a nossa língua, utilizamos palavras, verbos, adjetivos e conjugamos. Essa articulação de uma forma tal que somos capazes de nos entender.

Quando por exemplo estamos doentes e falamos com um médico. O que acontece é que ele utiliza conosco uma linguagem já traduzida. De modo a podermos entender o que se passa com o nosso corpo. Ele diagnostica uma anomalia e prescreve uma terapêutica. Ao longo desse processo o médico lidou mentalmente com todo o seu conhecimento. Fraseologia técnica, identificou sintomas, mas só conclui para nós: “você tem uma hepatite”.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Uso de uma interface

Em qualquer especialidade e a Astrologia não foge à regra. Existe uma interface de linguagem, para que o entendimento conceptual se estabeleça.

Imaginem que vão a um astrólogo. E ele diz: “você não acredita no que se está a passar, porque nasceu com uma Quadratura Saturno Vénus”. Vocês ficam a olhar, porque isso não significa nada na vossa linguagem. No entanto ele poderia ter dito. Você passou por situações na vida que lhe fizeram acreditar que as pessoas aproveitavam mais do que gostavam, de você. E naturalmente protegeu-se à dor da rejeição. Mas se de fato não se expuser a esse risco, neste momento pode estar a perder a grande oportunidade. De resolver esse problema consigo mesmo.

O envolvimento da Astrologia e da Psicologia é muito grande. Pode-se mesmo ver pela evolução especializada do conhecimento que a Psicologia é uma filha da Astrologia. É fácil explicar isso: Se nos recuarmos no tempo. O conhecimento era uma amálgama não diferenciada. Astrologia, Astronomia, Religião, Magia, Simbolismo, Geometria era matéria dos Sacerdotes e dos Magos. Lembremos os Sacerdotes Sumérios ou os Egípcios, lembremos os próprios Reis Magos. Magos porquê? Essa palavra tinha conexão com o conhecimento. Hoje fala-se às vezes dos Reis Magos ou Reis Astrólogos. Eles foram capazes de predizer no tempo um acontecimento relevante para toda a humanidade. O nascimento do Redentor ou o nascimento de Jesus. Como? Através da Estrela da Anunciação.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? As efemérides

É muito interessante analisar esta previsão. Qualquer computador pode hoje em minutos gerar efemérides de qualquer época. Efemérides são tabelas que devido ao perfeito sincronismo do nosso Sistema Solar. Dão-nos com precisão de minutos ou segundos de grau, o posicionamento de qualquer corpo celeste.

Astrólogos e Astrônomos estão de acordo, que não existiu fisicamente nenhuma Estrela da Anunciação. É um Simbolismo, descodificável das próprias palavras. Estrela evoca a ideia de Luz e Anunciação que anuncia ou evoca um acontecimento futuro. De facto verifica-se que nessa altura, há dois mil anos. Não exatamente nas datas oficializadas por questões de calendários. Mas 6 anos antes do nosso ano zero, existiu uma Conjunção de três Planetas. Júpiter, Hermes e Saturno no Signo de Peixes.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Conjunção

 Conjunção significa que se olharmos de um ponto qualquer da Terra, para qualquer um desses Planetas. Os outros dois estão no mesmo alinhamento. Repare-se agora na primeira letra de qualquer um dos Planetas (J)úpiter, (H)ermes, (S)aturno. Obtemos JHS e essa sigla JHS, pode encontra-se ainda em muitas representações da Cruz de Cristo. Depois também se criou outra com quatro letras que traduzida será “Jesus Nazareno Rei dos Judeus”.

Voltemos ao tal alinhamento planetário desses três Planetas. Que naturalmente mostrariam uma Luz, mais intensificada, como se o resultado do somatório da luz individual de cada um deles. Daí a designação de Estrela, estrela que não era, mas simbolicamente a ideia era perfeita.

É também muito interessante verificar que o Signo envolvido era o de Peixes. Isso tem várias implicações. Astronomicamente de fato o Sol em sua Precessão estava no Signo de Peixes. Pois ele demora dois mil e tantos anos em cada Signo. E em precessão tem um movimento direto ou no sentido dos ponteiros do relógio. Todos vós já ouvistes que estamos a entrar na Era de Aquário. Isso significa que o Sol está a deixar em Precessão o Signo de Peixes e a entrar em Aquário. É também por essa razão que Cristo ficou para algum conhecido pelo Cristo de Peixes.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Peixes, símbolo dos cristãos

Os peixes foram de fato um símbolo para os cristãos. É curioso que o Signo diametralmente oposto a Peixes é o Signo de Virgem. Assim durante estes dois mil anos tem-se adorado a Virgem Maria.

Existem naturalmente fortes elementos na Bíblia, que intercruzam conhecimento com a Astrologia. Só por exemplo posso vos referir a Idade dos Patriarcas. Cujos números permitem construir triângulos de observação que justificam a previsão do Dilúvio. O Sonho de Ezequiel e o Apocalipse de S. João. Entre outros são exemplo de que podemos tomar a Bíblia, como uma das Fontes de Conhecimento da própria Astrologia.

Bom, estes estudos fazem parte de uma das muitas especialidades da Astrologia. Esta é da Astrologia Esotérica.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Astrologia e o comportamento

Voltemos ao papel que Astrologia teve no estudo do comportamento humano.

De fato e como ponto central, para a Astrologia, está o estudo do homem, na sua evolução e harmonia. Mais tarde a Psicologia Experimental tornou-se independente, não perdendo, contudo, as suas origens. Hoje a Psicologia Transpessoal, faz seu retorno às origens e por isso ela está cada vez mais ligada à Astrologia.

A própria Medicina Convencional, começa a abrir cada vez mais portas às Medicinas Alternativas e não convencionais. O que é um elo com a Astrologia. Mas ainda há aqui muita confusão. Ainda não é prática comum falar-se de Medicinas Espirituais. E no fundo a Astrologia ou uma grande parte dela é Diagnóstico e Terapia. Só que não receita remédios, pelo menos no sentido comum. Isso é para as Medicinas Físicas que têm de intervir ao nível do corpo.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Astrologia atua na alma

A Astrologia intervém ao nível da Alma. Às vezes o remédio que ela aplica, resume-se a uma mudança de comportamento. Parece tão simplório, tão patético, que não pomos em prática. Mas ela é assim mesmo e por isso, na nossa civilização cientifica é muitas vezes difícil assimilar. Até porque essas simples mudanças podem partir padrões aceites e complicar a grande máquina social em que nos inserimos.

Que não se fique com a ideia que a Astrologia é um movimento antissocial. Longe disso. Ela é o encontro com a Harmonia, o bem-estar e a saúde. Trabalha de forma Holística, socorrendo-se de todos os conhecimentos que possam ajudar as pessoas. A resolver os seus conflitos, ansiedades e medos. Agora há que discernir de que forma isso é feito. A Astrologia prática não pode impor, mas sugerir. Antes de tudo deve diagnosticar, deve identificar problemas. Claramente também pode prever. Ela é a Ciência do Tempo. E podendo projetar-se num futuro próximo ou longínquo, pode antever acontecimentos e por que? Porque eles são de tal modo estratégicos na relação do indivíduo com ele próprio. Que a previsibilidade se torna possível, mas para isso é preciso interpretar os modelos comportamentais do indivíduo.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Medo e a solidão

Um dos grandes problemas é que nós passamos a vida a mentir a nós próprios. A suportar situações que sabemos intoleráveis, mas antes assim que enfrentar o medo e a solidão do desconhecido. Verifica-se na prática ou mesmo se quisermos utilizar a expressão em “laboratório astrológico” que existem momentos específicos do tempo. Em que não é mais possível tolerar ou aceitar as coisas com olhos de fantasia. Há momentos em que a realidade irrompe de tal forma estratégica, que somos envolvidos em experiências. Que acima de tudo nos fazem ver as coisas de tal modo que a nossa consciência se altera. E isso dói, pois dói e dói porque permitimos que as coisas fossem levadas a um limite intolerável. Porque não houve capacidade de aceitação antecipada. “Isto é um pouco estou a morrer de sede. Mas não vou aceitar aquela água porque pode estar envenenada”.

Quem é na verdade, um astrólogo?

Principalmente é um técnico da Astrologia. Como um médico o é da Medicina. Ou um matemático da Matemática. Tecnicamente a Astrologia é o enquadramento da realidade temporal humana. Inserida num universo aparentemente caótico.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica?  Visão global da vida

As estruturas dos eventos, que vão fazendo a história das nossas próprias vidas, estão ali indicadas. Para quem os souber ler. Numa relação dinâmica de liberdade e destino. A Astrologia, fala sempre de um enquadramento temporal. “In extremis” uma vida que aqui começa e além termina. Essa visão macro, tem tudo a ver com aquilo que as pessoas vulgarmente questionam. Como sendo: “qual o sentido da sua vida!?”.

Numa visão micro, inserida no tempo que medeia a evolução de um acontecimento. Ela nos dá imensos pormenores. Tal como nós ao vivermos. Sabemos às vezes muito do que se está a passar no particular. Mas perdemos o sentido do todo. A Astrologia, pretende olhar numa visão global e integrada. E por isso pode dar informações, que nos podem guiar por caminhos seguros. Quando à nossa volta se tecem labirintos e enredos de sofrimento e escuridão.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Relação imediata com o mundo e pessoas

Numa visão mais psicológica e imediatista, ela explica-nos a nossa relação com os outros e com o mundo em geral. Sempre dum ponto de vista de consequência. O problema que aqui começa, para explicação do que é causa e o que é consequência. É exatamente aquele com que os psiquiatras e psicanalistas, se debateram quando concluíram. Por exemplo, que certos “bloqueios psicológicos” não tinham sido originados em tempo de vida atual, de seus pacientes. Foi assim que saltaram no tempo e desenvolveram técnicas que nos levariam a recuar em termos de memórias adormecidas. A outros tempos que pertenceram a outras vidas, de nós próprios. Foi assim que nasceu a Psicologia Transpessoal. E foi assim que começou também uma aproximação, embora que tímida, entre Astrólogos e Psiquiatras.

Consequentemente. Os fundamentos desse processo, levam-nos ao conceito de “Reencarnação”. De Causa e de Consequência, às vezes designado, por “Karma”. Existe um acordo entre o Propósito de uma Vida. Centrado no que vulgarmente se designa de Ego Superior e a ação consequência. Ligada aos fatores atuais que determinam a personalidade de uma pessoa. E ainda assim, são quer do ponto de vista Ego Superior, quer do ponto de vista personalidade, detectáveis astrologicamente.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? Entre dois mundos

Quem é então esse agente ou astrólogo em todo este domínio do conhecimento? É um ser dividido entre dois mundos!

Nesse meio tempo, neste mundo, é um homem ou uma mulher, com todas as necessidades que um ser humano apresenta. Inserido também, no seu próprio caminho de evolução. Que apenas se diferencia pelo conhecimento, que ele deve canalizar a cada passo, em amor pelos outros. Tecnicamente é aquele ou aquela que tem de esquecer o seu lado humano. Para apontar um caminho, uma solução, uma esperança, aos outros, que são iguais a si próprio.

Numa definição mais pragmática são também detectives. Detectives da vida e do invisível! O objetivo final, ajudar os outros a acordar, a conhecer, a viver as suas verdades. Afastando-os da negrura do medo, da angustia, da opressão! Só assim estes detectives se tornam em apóstolos da Verdade.

Astrologia – Filosofia, Religião ou Técnica? O astrólogo e o conhecimento

Definitivamente. A divisão dos mundos, para eles, reside no facto de nunca poderem separar-se do seu próprio conhecimento. É que o espírito da Astrologia se imbui de forma completa.

Por isso…

“Um poeta sonhou um dia ser borboleta!

E quando acordou, não soube mais se era um homem que sonhou ser borboleta, ou se era uma borboleta que sonhava ser homem”.

 

Fernando Albuquerque




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material originário do antigo site Meio do Céu - Claudia Araujo, hoje denominado Grupo Meio do Céu - Claudia Araujo e composto por diversos novos colunistas. Essa é uma maneira de preservar o material do antigo site, assim como homenagear aqueles que não mais escrevem no site e/ou não mais estão entre nós nesse plano da existência. Claudia Araujo

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