Breve História da Astrologia Empresarial
Breve História da Astrologia Empresarial
Fernando Albuquerque
Não existe propriamente uma História da Astrologia Empresarial.
Entretanto, existe sim, uma tradição e uma História Geral da Astrologia.
Quando nos reportamos a períodos anteriores ao Séc.VI AC, estamos a falar de uma Astrologia não individualizada.
Tal como na Caldeia e na China, ela refere-se apenas à terra e ao Estado ou à Comunidade.
O Estado é o microcosmos, e o imperador ou rei é o seu Sol ou centro de vida.
Estamos nessa altura da História da Astrologia, num período Vitalista, onde a importância dos ciclos cósmicos, regula toda a Filosofia Astrológica.
Podemos olhar o Estado, como uma Empresa
– é apenas um problema de escala.
Nesse sentido, pode-se falar de uma tradição empresarial da Astrologia.
A própria criação de calendários vocacionados para as operações agrícolas, é um outro exemplo, nomeadamente do Egipto.
O rigor de aplicação desses conhecimentos, ao mundo prático, era muito grande.
Existem referências históricas, da antiga China, que falam da decapitação dos astrólogos do imperador, se o resultado das suas previsões falhasse.
Também Magastenes, historiador grego (302 AC), ao descrever os deveres do astrólogo, refere:
“Aquele que errar em suas predições,
observará silêncio, para o resto da vida”.
Se diferenciar-mos a Astrologia Sagrada, da Astrologia Profana, deparamo-nos com evoluções diferentes.
A primeira está ligada por um denominador comum, a todas as Cosmogonias, que conhecemos através dos Livros Sagrados, de todas as Religiões – desenvolverei mais tarde, uma explicação disso, num trabalho intitulado:
“Como os antigos leram os céus”.
Sempre que nos referimos à Astrologia, estamos naturalmente a falar da Profana – porque da outra, pouco ou nada se sabe.
É então muito óbvio, que essa Astrologia serviu ao Homem, como instrumento de previsão,
nas guerras, na administração pública, e até nas culturas agrícolas.
É também essa a origem da Astrologia Electiva.
Ou seja, a determinação do momento próprio, para que algo resulte eficaz.
Haveria certamente, como o poderemos comprovar por textos da antiga Caldeia, uma barreira muita pequena entre a Astrologia e a Magia.
Na Grécia, “Caldeo”, era sinónimo de “Astrólogo” e de “Mago”, nome que se aplicava indiscriminadamente a todos os sacerdotes persas.
Mas que Magia era essa ?
A Magia Astrológica, era a manifestação dos deuses.
Através, não só, dos dias da semana, bem como, do circulo e das divisões sexagesimais.
As quais permitiram as horas de 60 minutos e de tantas outras realidades (hoje fontes desta História), que estão debaixo dos nossos olhos, sem as vermos.
Se dermos agora uma salto no tempo e olharmos a Astrologia, ela está diferenciada em muitas especialidades.
Continua a ter o Homem, como centro do seu Universo.
Mas tal como há muitos séculos atrás, ainda assim, continua a ajudar o Homem a compreender e lidar com o mundo prático – o mundo do dia a dia.
A informação é hoje um bem acrescido.
Os modelos de comunicação, estabelecem os restantes padrões de sucesso.
Diz-se, na sabedoria popular, que “oportunidade, é estar com a pessoa certo, no momento certo”.
A Astrologia de certa forma, pode eleger o momento certo, para a pessoa ou circunstância determinada.
Também diz o adágio popular: “tudo na vida, tem um tempo”.
Facto é, que não resulta insistir em coisas que não estão no seu tempo.
O agricultor sabe isso –
Não resulta semear, fora do ciclo de plantio.
Na vida das pessoas, na vida das empresas, na vida dos Países, é exactamente o mesmo.
Começar uma guerra, fora do seu contexto temporal, é criar condições que revertem em sérios prejuízos.
Tanto humanos quanto económicos, e fora de controle –
porque a estratégia desobedeceu às leis do tempo.
Assinar um contrato, o que é aparentemente um acto simples e relativamente controlado, pode resultar em que uma cláusula.
Se tornou ambígua – com todos os prejuízos que isso implica, porque naquele momento do tempo, simplesmente não era relevante.
E os exemplos, seriam sem fim…
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