Primavere-se
Primavere-se
Os ventos primaveris irão semear a terra.
Estamos na época do plantio. Acabamos de sair do estio, portanto, a terra foi preparada.
Por mais que alguns terrenos sigam um pouco encharcados, o plantio acontecerá.
Sair da pausa e mover decerto assusta um pouco. Contudo, a ação promove possibilidades encantadoras, verdadeiros pontos de mutação.
Como percebemos a diferença dos ventos na primavera e no estio?
A energia para promover a ação é encontrada na primavera. Portanto durante o estio é necessário parar, esvaziar, pausar, refletir.
Se o vento, pontual no estio, acarretar uma movimentação sem reflexão, a ação objetivada pode não seguir de forma ideal ou malograr.
Toda movimentação precisa estar fluindo de forma tranquila para ser colocada em ação.
Sobretudo, sem que passemos por cima de nós mesmos e dos outros ao entorno.
Ademais, a entrada real da primavera acontece depois da primeira quinzena de outubro.
A ação, melhor dizendo, o início do movimento expansivo, terá mais centro se seguido nesse momento com ritmo. Assim, será perceptível a chegada de novidades nesse momento específico.
Na primavera o vento prepondera, enquanto que no estio a umidade prepondera.
No estio sentimos o calor forte, parecemos estar dentro de um caldeirãozinho enquanto que a chuva normalmente fecha.
É possível que hajam ventos permeando a movimentação, porém são pontuais.
Assim sendo, de certa forma ficam marcados.
sinalizando a aproximação da primavera (o calor segura a umidade nas núvens e a chuva libera a umidade, preparando o solo para o plantio).
A energia da primavera é o vento
A primavera é uma estação inconstante, como o vento.
Ou seja várias energias podem ser conduzidas junto, podemos com isso sentir em alguns momentos o vento frio ou quente, algumas vezes úmido, ou até mesmo seco, porém dificilmente sentiremos o calderãozinho do estio.
Além disso, alguns imprevistos físicos podem acontecer devido o grau de inconstância e imprevisibilidade percebida na matéria também, algumas vezes parecendo ser uma perda.
Cabe a cada ser utilizar da melhor forma construindo a sorte, onde antes parecia ser revés.
Respire e mova o corpo com ritmo, alongue, deixe entrar vento o suficiente, pois tempestades (internas e externas) não promovem um bom plantio.
Proteja o pescoço (Palácio dos Ventos, formado pelos pontos Feng no pescoço: Feng Fu, Oficina do Vento, 16TM; Feng Chi, Açude dos Ventos, 20VB).
Use os cabelos soltos, ou gola alta, até mesmo lenço no pescoço.
A energia crescente nos faz perceber que agora temos energia, mas precisamos saber direcionar, nutrir sonhos e abandonar ilusões.
Na primavera precisamos de cuidado especial com os olhos, nesse momento estão delicados e os ventos podem gerar conjuntivite.
Unhas quebradiças retratam um fígado deficiente.
A raiva, sentimento que aflora na primavera, tanto implodida quanto explodida, deixa a vista nebulosa, turva.
A ação canaliza a raiva, possibilitando uma visão mais nítida.
O grito precisa ser evitado, pois dispersa energia que deve ser canalizada de forma construtiva.
A fala explicada e sem reatividade promove ao ser uma possibilidade maior de seguir o coração, conduzindo-o da melhor forma para o verão(colheita do plantio, ápse da expansão), assim o espírito consegue ser lido melhor por uma mente calma e tranquila.
Os órgãos de impacto na primavera, que trabalham mais sobrecarregados, são o fígado e a vesícula biliar, portanto a ingestão de gordura deve ser reduzida nessa estação.
Brotos e frutas devem ser buscados.
Na primavera a tensão está no ar, e é percebida no pulso, precisamos ter leveza em todas as movimentações, para nos conduzir com mais centro. A tônica dessa estação é a busca por práticas como Chi Kung, Tai Chi Chuan, Ioga, qualquer movimentação que ritme.
