Ser Sufi ou ser dervixe

Ser Sufi ou ser dervixe>> O nome sufi é derivado da palavra árabe saaf, que quer dizer “puro”.

Portanto, é esse um dos estados a que almeja o dervixe.

Seu anseio é de que o seu mundo interior seja purificado e iluminado pela luz da sabedoria, da unidade e da unicidade.

O sufismo é uma via, enquanto que o estado de ser sufi, é uma meta.

No entanto, essa meta depende de um trabalho interior que dura toda a existência.

Não é algo que se consegue apenas com uma iniciação ou por ter recebido um nome místico.

Ser Sufi ou ser dervixe a primeira consoante

Outrossim, é um esforço, um esforço consciente e que não deixa espaço para a fuga da verdade e/ou de si mesmo.

A palavra que designa a disciplina e os método sufis, é tasawwuf. Essa é uma palavra árabe composta de quatro consoantes que falam dos 4 passos a serem dados pelo iniciado nesse caminho.

A primeira das quatro consoantes é o T que siginifica tawba, o arrependimento.

Esse é um passo muito importante, pois fala da compreensão pelo iniciado de que o caminho exterior que vinha seguindo já não lhe serve.

Fala ainda, que sua disposição agora é trilhar o caminho interior, limpando seu coração dos desejos mundanos e conflituosos.

Enfim, tasawwuf é a aceitação de que deverá fugir do errôneo, e que deverá ser consciente do correto.

Assim sendo, enfatiza a necessidade de esforçar-se nesse caminho, tanto reconhecendo os seus erros, assim como, não buscando encobri-los.

Ao contrário, buscando assumi-los, para que possa purificar-se através deles.

Em termos junguianos, é reconhecer sua própria sombra e assumi-la como parte de sua natureza; porém, mas não estar à seu serviço, mas dominá-la e transformá-la, tomando assim, posse de si mesmo.

Ser Sufi ou ser dervixe e a segunda letra

A segunda consoante que corresponde ao segundo estado é o S, de safa, que quer significar paz e alegria.

Para que se obtenha paz e alegria, é necessário que se purifique o coração para que se chegue ao seu centro secreto.

Então, é a hora de liberar-se da ansiedade que é gerada pelo mundo material.

A ansiedade pelo material ata o coração etéreo à terra e lhe impede de elevar-se.

Ser Sufi ou ser dervixe e a terceira letra

A terceira letra, w, simboliza a wiaya.

Por conseguinte, simboliza um estado que depende da própria pureza interior.

É um estado próximo ao da santidade, e onde se está inteiramente consciente de Deus, se está pleno de amor, assim como conectado com Ele.

Como resultado se é embelezado com o melhor caráter e comportamento.

Nesta etapa o homem consciente cobre sua mundanidade e suas características temporais e aparece recoberto de atributos divinos.
Quando a verdade chega, a falsidade se desvanece e a etapa de wiaya foi completada.

Ser Sufi ou ser dervixe e a quarta letra

A quarta letra, f, simboliza fana, a aniquilação de si mesmo.

Assim, esse é o estado
de vacuidade (estar vazio de tudo o que não é a Essência Divina).

A falsa identidade de si mesmo se derrete e evapora quando os atributos divinos entram no mais íntimo do ser.

Similarmente, quando a multiplicidade dos atributos mundanos desaparece.

Seu lugar é substituído pelo único atributo da Unidade.

O aspirante então, passa a ser uno com Aquele que o criou, já não mais existe o eu e o outro, ele está em Deus, faz parte de sua essência.

Quando uma existência criada se une a uma existência eterna, já não pode ser concebida como sendo uma existência separada.

Por conseguinte, é quando e ego e o egoísmo são aniquilados que se alcança este estado de união com Deus.

Nessa etapa então, o aspirante pode dizer que é um sufi “puro”, ou ainda um dervixe “servidor de Deus”.

Nesse estágio já é Ele se manifestando, já se libertaram de tudo o que lhes separava do divino.

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Fátima al-yerrahi é o nome místico sufi de Claudia Araujo, astróloga e terapeuta junguiana.

Imagem destacada do meu acervo pessoal durante minha estada no sufismo




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Claudia Araujo

Aquário com Gêmeos, sou muitas e uma só. Por amar criar com as mãos, sou designer de biojóias e mantenho o site terrabrasillis.com, assim como pinto aquarelas e outras ¨manualidades¨. Por não me entender sem a busca do mundo interno do outro, sou astróloga com 4 anos e meio de formação em psicologia analítica sob a supervisão de José Raimundo Gomes no CBPJ – ISER e já mantive por anos o site Meio do Céu. Nessa nova etapa mantenho o site grupomeiodoceu.com. Dou consultas astrológicas e promovo grupos de estudo de Jung e Astrologia, presenciais e online. São várias vidas vividas numa única existência, mas minha verdadeira história começa aos 36 anos, e o que vivi antes ou minha formação acadêmica anterior, já nem lembro, foi de outra Claudia que se encerrou em 1988. Só sei que uso cotidianamente aquilo em que me tornei, e busco sempre não passar de raspão pelo mapa astrológico do outro. Mergulhar é preciso, e ajudar o outro a se transformar, algo imprescindível. Só o verdadeiro autoconhecimento pode gerar transformação. Não existe mágica, e essa autotransformação não ocorre via profissional, mas apenas através do real interesse do cliente em buscar reconhecer como se manifesta em sua vida cotidiana e qual seu potencial para a transformação. Todos somos mais do que aquilo que vivenciamos. A busca deve passar sempre pelo reconhecimento daquele eu desconhecido que em nós mesmos habita. A Astrologia é um facilitador nessa busca porque nela estão contidos tanto nossos aspectos luz quanto sombra. Ela resolve nossos problemas? A resposta é não. Ela apenas orienta no sentido do reconhecimento de nossa totalidade. A busca é do cliente. A leitura é do astrólogo, mas só o cliente poderá encontrar o caminho de sua totalidade e crescimento responsável. websites : www.terrabrasillis.com e www.grupomeiodoceu.com Fale com Claudia direto no Whatsapp

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