Importância das primeiras relações de afeto

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A Psicanálise e Compreensão da importância das primeiras relações de afeto

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“Eu nunca fui desde a infância jamais semelhante aos outros. Nunca vi as coisas como os outros as viam. Nunca pude, em conjunto com os outros, despertar o meu peito para doces alegrias, E quando eu amei o fiz sempre sozinho. Por isso, na aurora da minha vida evoquei como fonte de todo o bem, o todo o mal. O mistério que envolve, ainda e sempre, por todos os lados, o meu cruel destino…”
Edgar Allan Poe
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Os pais mais do que sonham, desejam o mundo para seus filhos. Desejam que eles cresçam fortes, alegres, felizes, amados e amáveis, curiosos, inteligentes e sagazes, e durante a caminhada, dos primeiros passos titubeantes ao galope célere dos passados anos, que desenvolvam relacionamentos saudáveis e sintam-se seguros e bons em relação a vida e a si mesmos, de bem com a vida que construíram para si mesmos, tendo as rédeas do avançar nos laços conduzidos pelas mãos seguindo o roteiro formulado pelo coração.
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Importância das primeiras relações de afeto – Avaliações da Psicanálise

A psicanálise sempre foi unânime em reconhecer a importância das primeiras relações na vida de um bebê como a base para o desenvolvimento.
O vínculo dos pais com seus filhos não deve ser apenas o mais forte, mas também a mais importante das ligações humanas.

Destacarei três importantes colaboradores dos estudos sobre as relações primárias e o desenvolvimento emocional.

Importância das primeiras relações de afeto – Importantes colaboradores dos estudos

Trabalhando em um orfanato, Spitz (1945) observou que os bebês que eram alimentados e vestidos, mas não recebiam afeto, nem eram segurados no colo ou embalados tinham dificuldades no seu desenvolvimento físico, faltava-lhes apetite, não ganhavam peso e, com o tempo, perdiam o interesse por se relacionar, o que levava a maioria dos bebês ao óbito (síndrome de hospitalismo).

Fator determinante no desenvolvimento com prognóstico reservado

Já Winnicott, teórico das relações objetais, descreveu em 1963 a jornada da dependência à independência emocional, propondo três categorias: dependência absoluta, dependência relativa e autonomia relativa.
Para ele, é na fase de dependência absoluta que a mãe desenvolve o que chamou de preocupação materna primária, que faz com que ela seja capaz de compreender o bebê por meio de uma surpreendente capacidade de identificação, constituindo-se com ele em uma unidade, o binômio mãe&bebê.
O primeiro espelho da criatura humana é o rosto da mãe a sua expressão, o seu olhar, a sua voz.
É como se o bebê pensasse: “olho e sou visto, logo, existo!” A mãe, então, auxilia-o a se integrar, a perceber-se e ao mundo.

O que está consonante com Bowlby (1969), psiquiatra e psicanalista também inglês, cuja teoria do apego sugere que as crianças vêm ao mundo biologicamente pré-programadas para formar vínculos com os demais, já que isso as ajudará a sobreviver.

Os bebès nascem com tendência a demonstrar certos comportamentos inatos ( liberadores sociais) – sorrir, sugar, acompanhar com os olhos, chorar – que ajudam a assegurar a proximidade e o contato com a mãe ou com uma figura de apego.
Esta descrição de Bowlby coincide com as formulações de Spitz acerca da síndrome de hospitalismo, ou seja, é necessária a existência de uma relação de afeto e de apego como fator primário para um adequado desenvolvimento.

Importância das primeiras relações de afeto – A formação de vínculos

De modo geral, formação de vínculo refere-se ao elo entre os pais e a criança, enquanto apego refere-se ao elo da criança com os pais.
Um vínculo pode ser definido como um relacionamento específico, único entre pessoas, duradouro no tempo.
Quando os pais possuem mais do que capacidade, a qualidade de em superando suas vicissitudes, e assim sendo, não projetando nos filhos suas carências, ansiedades e traumas não-resolvidos, serão capazes de oferecer ambiente favorável e facilitador para que os filhos caminhem por seus pés os próprios caminhos, sendo provável que estes desenvolvam um senso de apego seguro, conquistando a independência e adquirindo, subseqüentemente, um senso saudável de individualidade no mundo, capaz de frente ao Mal, extrair O Bem.

crédito de imagem pixabay.com

Denise Espiúca Monteiro, Médica Homeopata, autora dos livros “Primeiros Laços, Maternidade, Maternagem e Homeopatia” e ” O que você vai ser quando crescer? Abordagem Homeopática da Criança”
Contato: despiuca@dh.com.br



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Denise Espiuca

Denise Espiúca Monteiro Médica Homeopata, Mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social/UERJ. Diretora do Ambulatório Escola do IHB, A Casa da Homeopatia Brasileira. Escritora, ocupa a cadeira 25 da ABRAMES, Academia Brasileira de Médicos Escritores. Email: despiuca@dh.com.br

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